Trabalho sobre EUA Pós-80

  1.  Ronald Reagan
Eleito presidente em 1980, o ex-ator Hollywoodiano Ronald Reagan, ingressou sua vida política pelo partido Democrata, porém em pouco tempo reverteu sua orientação política e integrou a ala Republicana. Em sua experiência política ele só tinha dois mandados como governador da Califórnia em 1966. Sua figura sempre foi controversa, apesar de ter deixado o poder em 1988 com mais de 60% de popularidade e ser considerado por alguns como “grande comunicador”, a oposição duvidava da sua capacidade intelectual para o cargo, sendo até considerado pela revista liberal New Republic, em sua campanha para reeleição em 1984 como “o presidente mais ignorante que alguém se pode recordar.”.
O mundo sofria com a crise econômica mundial que ocorrera em 1973, e em sua política econômica Reagan resolveu assumir uma idéia de um Novo Federalismo (baseado no slogan de Nixon), implantando doses de laissez faire, em que os economistas conservadores chamaram de “economia de oferta”. Na prática essa economia visava reduzir os impostos das grandes empresas – argumentando que a prosperidade do país dependia dessas empresas estarem bem economicamente e do direito delas de funcionar com mercado livres e baixos impostos - , aumentar os gastos militares reduzir drasticamente os investimentos em setores sociais .
Em março de 1981 Reagan sofre um atentado, e alegando que “Deus teria salvado sua vida” sua popularidade aumentou, conseguiu assim, que fosse aprovada no Senado a maior redução fiscal da história, um corte de 25% sobre a renda em um período de três anos. A tesoura cortou fundo nos pagamentos de bem-estar social, nos selos que davam direito à troca por alimentos, na ajuda a estudantes, na pesquisa do câncer, na merenda escolar, e em outras finalidades sociais, assim, regulamentações da economia, do meio ambiente e do direito do consumidor foram desmanteladas; em contrapartida aumentaram consideravelmente os desembolsos para fins militares e cada vez mais, diminuíam as restrições à expansão dos mercados internacionais. 
Em curto prazo, os resultados não foram encorajadores, as taxas de desemprego chegaram a 11% - a maior desde 1940 – e a nação entrou em recessão em grande escala. Havia uma onda de fechamentos de fábricas no país nas décadas de 70 e 80, na indústria automobilística, o numero de empregos permanentes caiu de 940 mil, em 1978, para 500 mil, em 1982.
O presidente continuou então com a sua promessa de equilibrar o orçamento e com a sua política de reduzir ainda mais os gastos com programas sociais, aumentar as políticas fiscais de baixo impostos e grandes gastos militares. Só em 1983/84 o governo pode anunciar a recuperação econômica e a redução do desemprego. Até 1987 a economia norte – americana cresceu de forma ininterrupta.
Vale ressaltar que para alguns estudiosos Ronald Reagan teve grandes ganhos na economia, sendo considerado o responsável por uma das mais expressivas altas da economia americana. Outros estudiosos salientam que houve sim um crescimento econômico e de empregos na década de 1980 a 1990, porém as recessões continuaram – houve a perda de 30% do poder de compra com o salário mínimo nos EUA - e as perdas no âmbito social foram drásticas. Além disso, lembram que as grandes empresas de carros e eletrodomésticos saíram dos EUA em busca de mão de obra mais barata e que a maioria dos empregos recém-criados constituam em contratos temporários, em tempo parcial com remuneração baixa.

  1. George Bush
2.1  Biografia
George Herbert Walker Bush é um político dos Estados Unidos, o 41º presidente do país (1989-1993). Anteriormente, ele já tinha servido como embaixador na ONU (1971-1973), diretor da CIA (1976-1977), e o 40º vice-presidente dos Estados Unidos na gestão do presidente Ronald Reagan(1981-1989).
            O Bush mais velho é agora chamado por vários apelidos e títulos, como "ex-presidente Bush", "Bush o Velho", "Bush Senior", "Bush Pai", "Papa Bush", "Bush", "o primeiro Presidente Bush", "Daddy”.

2.2  Política Interna

Na área interna o governo Bush lançou uma serie de iniciativas, abrangendo desde uma proposta de redução drástica na poluição produzida pelas descargas de automóveis ate a proibição essencialmente simbólica, da importação de fuzis. Mas acima de tudo o desempenho do novo presidente foi marcado pela hesitação, pela lassidão e pela preocupação com as oscilações da opinião pública a curto prazo.
Para muitos americanos, este era exatamente o caminho correto. Após oito anos da ênfase ideológica conferida por Reagan ao governo e aos seus frequentes confrontos com o congresso, a moderação de Bush veio como uma pausa refrescante. Os 100 primeiros dias de um novo presidente são vistos, tradicionalmente, como uma chave para prever seu futuro desempenho. Enquanto Reagan utilizou esse período para derrubar toda uma geração de programas sociais no âmbito interno, e projetando uma campanha anticomunista mais ruidosa para o exterior, os primeiros 100 dias de Bush foram relativamente tranquilos. O índice de aprovação obtido pelo novo presidente chegou a 70% nos primeiros meses de mandato – uma taxa raramente atingida.
Recebeu ainda censuras por sua lentidão em preencher diversos cargos importantes no governo. Segundo algumas estimativas, mais de 70 dos 800 principais cargos do segundo escalão ainda estavam vagos no final do ano.
Porém Bush foi mais objetivo em uma série de assuntos internos, embora nem sempre com sucesso. Perdeu uma das suas primeiras batalhas importantes com o Congresso quando o ex – senador John Tower foi rejeitado pelo senado para o cargo de secretário da Defesa.

2.3  O Caso Irã-Contras

O caso Irã – Contras: foi um escândalo de corrupção nos Estados Unidos da América revelado pela mídia em novembro de 1986, durante o segundo mandato do presidente Ronald Reagan, no qual figuras chave da CIA facilitaram o tráfico de armas para o Irã, que estava sujeito a um embargo internacional de armamento, para assegurar a libertação de reféns e para financiar os Contras nicaraguenses. Esse caso chegou a uma conclusão em 1989. Um júri em Washington, D.C., considerou o ex- tenente-coronel da Marinha, Oliver North, assessor do Conselho de Segurança Nacional durante os anos Reagan, culpado de promover e acobertar uma obstrução ao trabalho do Congresso, e através da destruição de documentos da Casa Branco, e de receber propinas ilegais. Havia sido acusado de planejar e comandar uma ampla conspiração destinada a burlar os limites impostos pelo congresso a ajuda em armas aos contra da Nicarágua. No julgamento ele sustentou que suas atividades contavam com a autorização de superiores, até mesmo do presidente Reagan. O testemunho de North indicou que George Bush, então vice-presidente teria conhecimento de suas atividades, embora continuasse a negar que soubesse da conspiração. O veredito do júri representou uma vitória parcial para North, que foi considerado inocente de várias das acusações mais graves levantadas contra ele.
            Embora Bush geralmente evitasse comentar o escândalo Irã-contras, havia uma controvérsia da qual o presidente não hesitou em participar: o debate nacional sobre o aborto. Bush exaltou uma decisão da Suprema Corte, estabelecendo que os estados podiam instituir leis restritivas ao aborto. Vetou um projeto destinado a permitir que a previdência médica pagasse abortou para vítimas de estupros e incestos. E vetou o orçamento anual, já aprovado pelo congresso para o distrito de Columbia, para incluir recursos da previdência para o aborto. Mas apesar da decisão da suprema corte e da firmeza de Bush com relação ao assunto, o movimento pela livre escolha parecia ganhar defensores em fins de 89, após um período de declínio.

2.4  Economia

A economia americana cresceu a uma taxa de aproximadamente 3% em 1989, o sétimo ano seguido de expansão. A taxa da inflação passou um pouco a do ano anterior, de 4,1%, mas permaneceu substancialmente abaixo das taxas de dois dígitos registradas em 1979-81. Houve, entretanto, sinais de que uma recessão se avizinhava. As vendas internas, que tradicionalmente representava dois terços das atividades na economia doméstica, estavam baixando. As vendas de automóveis caíram, e no terceiro trimestre os lucros das empresas foram 20% abaixo do nível de igual período no ano anterior. Mais e mais firmas apresentavam problemas de caixa, depois de uma era frenética de fusões, ações supervalorizadas e aquisições alavancadas. Um tremor de ansiedade quanto a economia correu entre a comunidade financeira em 13 de outubro, quando o índice Dow Jones desabou 190 pontos num único dia.
Entretanto alguns americanos acreditavam que a economia poderia driblar uma recessão verdadeiramente ameaçadora. Os otimistas esperavam que o Federal Reserve Board, que controlava a oferta da moeda, relaxasse sua até então restrita política monetária e estimulasse até mesmo um modesto crescimento. Se as exportações americanas ganhassem então um pequeno alento, poderia ser o suficiente para manter a expansão. Tais expectativas ajudaram o mercado de ações a recuperar a maior parte das perdas de 13 de outubro em apenas algumas semanas.

2.5  O Caso das Drogas

Nas pesquisas de opinião um grande número de americanos manifestou que sua primeira preocupação não era, como nos anos anteriores, o futuro da economia ou mesmo o espectro permanente da possibilidade de uma guerra nuclear global. Ao invés disso, muitos cidadãos acreditavam que o maior problema no país residia no comércio ilegal de drogas. William Bennett, o chefe da luta antidrogas do governo Bush, propôs um programa de US$ 1 bilhão em novos recursos, para atacar o problema. O plano de Bennett compreendia uma forte ajuda federal as policias estaduais e locais para o cumprimento da lei, bem como uma controvertida proposta para combater com firmeza os usuários ocasionais de drogas ilegais. Enquanto muitos apoiaram a proposta, outros criticaram a imprecisão do governo Bush quanto à forma de financiá-la.
Enquanto isso, um estudo federal indicou que o número de americanos que usavam drogas ilícitas pelo menos uma vez por mês era de 14,5 milhões. Com a proliferação de novas formas cada vez mais potentes, de cocaína, a violência provocada por drogas atingiu proporções epidêmicas. O número de assassinatos  no primeiro semestre de 89 subiu 5% com relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o FBI. Os homicídios aumentaram em 15% nas cidades com população entre 500.000 e um milhão, e as drogas representaram a principal causa deste aumento. A capital do país Washington, parecia destinada a tornar-se também a capital da violência, registrando mais de um crime de morte por dia.






  1. Bill Clinton
3.1 Questão Econômica: A Globalização da Economia

Na economia, a década de 90 para os EUA é marcada pelo fim da bipolarização político-ideológico entra o capitalismo e o socialismo. O capitalismo fora afirmado e os EUA virou a única superpotência. Entrou em cena um novo cenário com novas forças econômicas e substituindo a bipolarização pela multipolarização, surgindo assim, a Globalização da Economia. O jogo mudou totalmente: Da disputa política-ideológica da Guerra fria para a questão econômico-ideológica.
Com a globalização da economia, os países tiveram que se adequar à nova situação. A criação de blocos econômicos foi uma medida para se preparar para uma possível internacionalização da economia e do capital. O liberalismo econômico que era necessário com a globalização da economia obrigou os Estados a diminuírem suas barreiras alfandegárias e permitirem uma nova entrada de fluxos internacionais de capitais, serviços e bens.
A formação de blocos econômicos se deu em países do mesmo espaço geográfico, tendo vantagens político-econômicas entre si. Os blocos econômicos são: NAFTA (América do Norte), MERCOSUL (América do Sul) e o APEC (Asiático).
O NAFTA, bloco econômico constituído por Estados Unidos, Canadá e México, Foi ratificado em 1993, entrando em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994. Bill Clinton, presidente eleito no final de 1992, fora responsável pela criação da NAFTA e inclusive pela criação da Organização Mundial do Comércio; a ativação da APEC (Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico) e o inventivo à Alca. Essas conquistas são evidências do sucesso do governo Clinton.
O multilateralismo da política de Clinton contribuiu para o crescimento econômico americano do período.

3.2  Questão Política
Em 20 de janeiro de 1993, Bill Clinton toma posse da presidência dos            Estados Unidos. Clinton, logo no inicio do seu governo, enfrenta várias situações externas incomodas: Fuzileiros na Somália, execução do embargo no Haiti, Bombardeio no Iraque e Intervenção na Bósnia.
A política externa dos EUA, pós-guerra fria, segundo Andrew Ross e Barry Posen, pode ser caracterizada por quatro grandes estratégias: O neoisolacionismo, o envolvimento seletivo, a segurança cooperativa e a primazia.
O neoisolacionismo corresponde à basicamente um não envolvimento no sistema internacional, porém com o fim da Guerra Fria, somente uma parte da população ainda aterrorizada com a Globalização estava interessada no neoisolacionismo.
O envolvimento seletivo transformou-se em doutrina oficial de Estado, tinha objetivo garantir a paz entre potências que tinham capacidades industriais e militares, essa doutrina privilegiava as grandes potências já que era muito mais perigosa uma guerra entre as grandes potências do que uma guerra entre países fracos.
A estratégia de segurança cooperativa corresponde à caracterização da paz como bem coletivo. Com a criação de armas de destruição em massa, quando houvesse um conflito local poderia transformar-se em conflito global, dessa forma, qualquer conflito era considerado uma quebra de segurança internacional como um todo. Assim, essa estratégia privilegiava o papel das instituições internacionais (ONU, OTAN.) na coordenação da segurança coletiva. Essa estratégia foi uma das mais importantes do governo Clinton, pois perceber a necessidade dela foi crucial para um mundo que se torna cada vez mais interdependente.
A estratégia da primazia corresponde à caracterização da hegemonia como garantidora da estabilidade. Dessa forma, os EUA tinham que estar em condição de intimidar seus inimigos e proteger seus parceiros.
Para Posen e Ross, a política daquela época combinou as quatro estratégias e deu ênfase à primazia. Clinton combinou elementos de todas as estratégias e isso acabou dando uma ausência de coerência na sua política.






4.    George W. Bush

4.1 Primeiro Governo (2001-2004)

Durante o pleito presidencial de 2000, poucos eram aqueles, dentro ou fora dos Estados Unidos (EUA), que apostavam em uma mudança radical da política norte-americana. Com certa tranqüilidade, apontava-se a perspectiva da continuidade da agenda democrata, prevendo ser uma vitória fácil do candidato da situação: Al Gore, vice-presidente de Bill Clinton que tinha como adversário o pouco experiente republicano George W. Bush, filho do ex-presidente George Bush. Apesar de derrotas eleitorais nas eleições de meio de mandato de 1994, 1996 e 1998, quando perderam o controle do Legislativo e do processo de impeachment  que sofrera Clinton, os republicanos não eram percebidos como adversários relevantes. Afinal, a popularidade do presidente mantinha-se alta pelo sucesso econômico, a reforma externa e o país parecia caminhar na direção certa. Porém se observou o oposto do esperado, George W. Bush foi eleito presidente com uma eleição dividida e com acusações de fraudes. Sua posse significou o reinício de uma fase neoconservadora.
No início, Bush, teve um mandato apagado, com baixa popularidade e insatisfação da população com algumas medidas adotas (rejeição do Tratado de Quioto, construção do sistema de defesa anti-mísseis- o novo IDE- entre outras), mas tudo mudou com os atentados de 11 de setembro de 2011. 
Depois do atentado, a administração do governo construiu um forte consenso social e nacional, concentrando iniciativa político- estratégica e ideológica. Para isto fez uso do medo como componente deste consenso. Através do Ato Patriota, endureceu a política doméstica e restringiu a liberdade civil e social, além disto, o governo criou o Departamento de Segurança Doméstica e investiu mais na CIA e FBI. Com a “doutrina Bush”, doutrina antiterrorismo, o presidente levantou o slogan para a população norte- americana:  “Vocês estão conosco ou estão com os terroristas”. A Guerra do Iraque foi a grande aplicação da doutrina antiterrorismo na qual o povo apoiou com poucos protestos. Toda essa reação de Bush definiu a imagem de um líder decidido e disposto a tudo para derrotar todos os inimigos.

4.2 Segundo Governo (2004-2008)

Amparado por medo de novos atentados e pela ausência de força e propostas democráticas, Bush se reelege, com a maioria do Legislativo e os governos estudantis.
Enquanto as mortes no Iraque aumentavam a economia norte-americana se desacelerava e Bush se preocupava em reforçar seu núcleo de poder. Em março de 2008 dados do Departamento de Defesa americano apontava cerca de 4 mil vítimas da Guerra e mais de 600 bilhões investidos no conflito.
Em agosto de 2005 ocorreu o desastre do furacão Katrina no país que deixou muitos desabrigados. Estes foram deixados de lado pela Casa Branca, mostrando o descaso do governo com os mais desfavorecidos.
Nas eleições de meio de mandato, os democratas conseguiram recuperar o Legislativo. Esta derrota foi apontada como revolucionaria, pois os democratas conquistaram este avanço pelas falhas dos republicanos.
Em meio a todas essas falhas do governo e com o declínio econômico dos EUA que continua perdendo espaço para os europeus e asiáticos, apresentando assim crescente déficit público e comercial, Bush encerra seu mandato com uma imagem manchada e grande impopularidade.

5.    Sociedade Estadunidense
Entre os anos 1980 e 1990 a população americana mudou, os movimentos que ocorreram em 1960, como o feminismo, homossexualismo e luta dos negros colhiam os seus frutos. Em 1980, mais da metade das mulheres casadas trabalhavam fora de casa e o divórcio havia aumentado consideravelmente. Os negros em 1990 constituíam 12% dos alunos no Ensino Superior e nos anos 2000 a quantidade de negros e brancos que concluíram o Ensino Médio se igualou.
Com as mulheres no mercado de trabalho e a disseminação da pílula anticoncepcional, houve um declínio da taxa de fecundidade e um aumento da expectativa de vida. A falta de trabalhadores jovens forçou os EUA a permitirem um aumento da imigração, em 2000, 10% da população havia nascido fora do país.
Em contra partida, houve uma parte da sociedade que era contraria aos novos valores sexuais e morais que haviam surgido na década de 60. Essa parte da sociedade era constituída majoritariamente por eleitores brancos, de classe media alta, do subúrbio, religiosos e em grande parte evangélicos; esse grupo consolida-se com a eleição de grupos conservadores como os de Reagan e Bush Sr. . E a partir de então também começam a exercer a sua influencia através da mídia e da cultura.
Entre 1970 e os anos 2000 várias redes de televisão cristã surgiram com programações voltadas aos “valores familiares tradicionais” e no “american way of life”.  Em 1980, quase um terço da população estadunidense se declarou “cristãos renascidos”, e defensores dos “valores cristãos”, esses valores se concentravam contra o feminismo, o homossexualismo, o divorcio, ao ensino da Teoria da Evolução nas escolas e houve varias campanhas do movimento “O Direito a Vida” contra o aborto- considerado o pior pecado da revolução sexual-.
Essas manifestações conseguiram pressionar Reagan e Bush, que colocaram restrições ao financiamento de abortos, muitos estados também proibiram o uso de dinheiro publico para custear abortos, o que reduziu o acesso das mulheres mais pobres a esse serviço. A política de Reagan de corte nas políticas sociais também piorou as condições de vida das famílias negras desproporcionalmente em relação as brancas, em 1990 a renda familiar branca ficou quatro vezes maior que a das famílias negras. Em 2000, um quarto das crianças negras vivia na pobreza.
A mídia também teve papel central no avanço da ideologia neoliberal, argumentando que o “mercado livre” seria a melhor maneira de resolver os problemas sociais e políticos. Na era de Reagan, Bush e Clinton a programação era bem convencional com caráter conservador. Aos poucos as redes de televisão buscaram aumentar sua audiência criando programas específicos para negros, mulheres e imigrantes, porém evitavam críticas à sociedade. A diversidade da sociedade era mostrada com alguns seriados que abordavam historias de alguns negros, gays e mulheres solteiras, porém a vasta maioria dos personagens na televisão era retratada como cidadãos de classe média e alta.








6.    Bibliografia:

HUNTINGTON, Samuel. O choque de Civilizações. Editora Objetiva, 1997.
DENG, Yong. “Is There a Us Global Strategy?”. Disponível em: < http://www.comw.org/qdr/fulltext/0006deng.pdf>  Acesso em: 07 de novembro de 2011.
JEVIS, Robert. The Remaking of a Unipolar World. Disponível em: < http://www.comw.org/qdr/fulltext/06jervis.pdf>  Acesso em: 07 de novembro de 2011.
GOUGH, L. Susan. The Evolution of Strategic Influence. Disponível em < http://www.comw.org/qdr/fulltext/0304gough.pdf>  Acesso em: 07 de novembro de 2011.
POSEN , R. Barry; ROSS, L. Andrew. Competing Visions for U.S. Grand Strategy. Disponível em <www.comw.org/pda/14dec/fulltext/97posen.pdf> Acesso em: 07 de novembro de 2011.
MCMILLEN, R. Neil. Uma Reavaliação da História dos Estados Unidos. Editora Jorge Zahar.
Encyclopedia Britânica do Brasil Publicações Ltda. 1990. Eventos de 1989. pp.137 – 141

II Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional – Estados Unidos: presente e desafios. Fundação Alexandre de Gusmão, 2007. Disponível em < http://pt.scribd.com/doc/47573209/Estados-Unidos-presentes-e-desafios> Acesso em: 07 de novembro de 2011.

KARNAL, Leandro; PURDY, Sean; FERNADES, E. Luiz; MORAIS, V. Marcus. História dos Estados Unidos - das origens ao século XXI. Editora Contexto.




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OBS: O Trabalho fora escrito por todos do grupo, cada um com sua parte. Minha parte é sobre Clinton. ;] 

Resumo: GOTT, Richard. Cuba - Uma nova história.

·         Uma república para norte-americanos (1902 – 1909)
ü  1902 – Proclamação da República – Presidido por Estrada (representante do partido republicano, foi eleito sem concorrentes.)
ü  Características: “caracterizada por violência incessantes, corrupção dramática, revoltas militares, gangsterismo e intervenção militar esporádica dos EUA, a nova república também experimentou um crescimento econômico e uma prosperidade espetaculares para um pequena parcela da socidade”  (p. 134)
ü  Sentimento nacionalista do povo cubano, mas os mesmos imigravam para os EUA.  “as guerras e a incerteza econômica das décadas finais do domínio colonial provocaram uma imensa imigração, e a criação de uma grande população cubano-americana [...]” (p. 135)
ü  Emenda Platt: foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos da América a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estado-unidense 1933, quando um movimento popular conduziu ao poder Fulgêncio Batista, soldado e ditador, que governou Cuba duas vezes, de 1933 a 1944, período em que exerceu um governo forte e eficiente, e novamente de 1952 a 1959, apoiado pelos EUA, quando tornou-se ditador, encarcerando seus oponentes, usando métodos terroristas e fazendo fortuna para si e para seus aliados. (wikipedia)
ü  Houveram muitas fraudes eleitorais e os EUA foram convocados muitas vezes – por meio da Emenda Platt – para intervir nas fraudes.  Theodore Roosevelt declarou “estou muito irritado com a pequena república infernal de cuba” (p. 136). Houve uma intervenção em 1906 para impedir a criação de uma guerra civil em cuba.
ü  Em 1904, país divido entre Partido Republicano (conservador e centrista) e Partido Liberal (apoiava a autonomia local). Houve uma eleição, foi fraudada e os Republicanos com Estrada, ganharam. Partido liberal reclamou e “voltaram para a única arma com que estavam familiarizados, [...]. Com facões nas mãos, e outras armas simples, eles organizaram uma insurreição armada para derrubar o governo.” (p. 137). Episodio conhecido como Guerrita de Agosto
§  EUA interviu mandando William Taft (subsecretário de guerra) e Robert Bacon (subsecretário de Estado) , “tentar uma solução pacífica. [...] chegaram a Havana para mediar negociações entre Estrada e os Liberais” (p. 138).
§  Estrada renunciou a presidência, deixando Cuba sem governo. Dessa forma, Roosevelt enviou os Marines para evitar outra guerra civil.
§  Roosevelt escolhe Charles Magoon para presidência. Após 3 anos, chega ao poder Enoch Crowder, quem elaborou novas regras de eleições.
§  Em novembro de 1908, o Partidor Conservador com Gómes e Zayas, vence as eleições.

·         Uma república para colonizadores brancos vindos da Espanha
ü  Incentivo da imigração branca “O general Wood fez esforços especiais para respeitar o direito dos colonizadores espanhóis, esperando que permanecessem em Cuba para conduzir o país.” (p. 141)
·         Uma república negada aos negros: Evaristo Estenoz e o massacre de 1912
ü  Os negros cubanos forneceram grande força na guerra de independência porém não foram recompensados . Os denominados “homens de cor” foram rapidamente esquecidos principalmente pq a maioria de seus generais tinha morrido na guerra.
ü  “Evaristo Estenoz, um veterano de guerra que nascera como escravo [...]. Os negros haviam sido os arquitetos da luta da independência, argumentava ele, e lhes tinha sido roubados todos os frutos da vitória.” (p. 143). Evaristo apoiou o Partido Liberal mas com o passar do tempo notou que o partido nada fazia pela questão dos negros, dessa forma fundou, em 1907, o Partido de Cor Independente.
ü  Houve uma “guerra racial” onde cerca de 3 mil negros foram ferozmente morto por uma maioria esmagadora de cubanos brancos.  Estenoz foi morto em 12 de junho.
ü  “O massacre de 1912 permaneceu gravador a fogo na memória dos negros cubanos durante décadas. “ (p. 147)
·         Uma República para jogadores: Mario Menocal e Bert Crowder
ü  Extraordinária recuperação econômica. Transformação da indústria açucareira e da rede ferroviária.
ü  Mario Menocal, presidente conservador de 1913 a 1921, introduziu muitas reformas que incrementaram o poder da presidência, inclusive a modernização dos serviços armados, com a fusão do exército e da Guarda Rural, e a criação de um banco nacional em 1915. (p. 148)
ü  A revolução de La Chambelona onde os liberais organizaram uma revoltada armada contra a reeleição fraudada de Menocal em 1916. Os EUA não interviram e coube a Menocal derrotar a rebelião com seus próprios métodos repressivos.
ü  Menocal fora sucedido por Alfredo Zayas, Zayas enfrentou uma grande crise economia a qual foi superada com a ajuda dos EUA.
·         Uma república sob ditadura: Gerardo Machado, o Mussoline tropical, 1925-1933
ü  Eleições de 1924, os Liberais venceram com Gerardo Machado.
ü  Machado foi concontrolava a companhia elétrica de santa clara e, depois, viera a controlar a central de açúcar em Carmita.  “ A experiência de Machado nos negócios era um trunfo que sabia usar” (p. 153)
ü  Machado fez com que o Congresso decretasse o controle estrito de todos os partidos políticos. Não podia criar-se nenhum partido, e os antigos foram proibidos de efetuar reorganizações. “O caminho para um Estado de partido único estava aberto. O poder de Machado se sustentava no exército, logo o partido mais poderoso do país.”
ü  Sem se dar ao trabalho de convocar eleições, em 1928, estendeu seu mandato por mais 6 anos.
ü  Houve 3 principais organizações antimachado:  a CNOC; o Directorio Estudantil e a ABC.
ü  A CNOC, foi criada em 1925, e reuniu pequenos grupos de anarquistas, socialistas e comunistas, todos empenhados em trabalhar a favor das classes trabalhadoras. EM 1931, o Partido Comunista assumiu a CNOC. (p.154)
ü  Fora criado o Directorio Estudantil para protestar contra a atitude ditatorial do governo Machado.  Em 1927, Machado proibiu o Directorio. Mas em 1930, restabeleceu-se como organização secreta.
ü  Em 1931, surgiu o ABC (ninguém sabe o significado desse nome). Porém a ABC bebia da mesma fonte que Machado: o fascismo.  Eram liderados por Joaquín Martínez Sáens e Carlos Saladrigas, ambos eram advogados.
ü  A Grande Depressão de 30 golpeou Cuba mas os EUA, presidido por Franklin Roosevelt e sua política da Boa Vizinhança e o New Deal, fez com que os EUA não intervisse em Cuba. Dessa forma, Machado segurou até 12 de agosto de 1933 e deixou o país partindo para Nassau. Isso levou a primeira revolução de cuba do século XX.
·         Uma República para revolucionários: Antonio Guiteras e a Revolução de 1933
ü  “A Revolução de 1933 desdobrou-se em três fases distintas, à medida que cada um dos movimentos secretos anti-Machado emergiu das sombras para assumir o seu quinhão no governo. A primeira teve coloração semifascista,  e mal durou um mês, vindo do ABC o seu apoio político. A segunda foi uma experiência radical ultra-esquerdista que sobreviveu quatro meses e saiu do Directorio Estudantil, com Antonio Guiteras como ator principal. A terceira fase foi a contra-revolução e durou cinco anos, de 1934 a 1939, a qual adquiriu a sua coloração política com Fulgencio Batista, um digno sucessor de Machado.” (p. 158 e 159)
ü  Batista, datilógrafo mulato, escolheu o doutor Ramón Grau San Martín para a presidente. Presidiu apenas por quatro meses. Guiteras, nomeado ministro do Interior, da Guerra e da Marinha, era controlador nominal do exército, da marinha e da polícia. “Em 1934, criou o Joven Cuba, que reivindicava o socialismo; defendia a reforma agrária, a industrialização e a criação de uma companhia nacional de navegação; e esperava alcançar os seus objetivos com a luta armada e a infiltração nas forças armadas.” (p. 163)
ü  Os EUA não reconheceram a presidência de Grau. “O candidato favorito era Mendieta, líder do que restava do velho Partido Liberal. A crise se aprofundou como um todo, Guiteras organizou uma greve para proteger o governo vigente, mas o ânimo público estava mudando e os trabalhadores já não escutavam mais. Batista forçou Mendieta a aceitar a presidência e ele assumiu em 18 de janeiro, [...]” (p.165)

·         Uma república projetada por Fulgencio Batista, 1934-1952
ü  Batista fora o “árbitro da política cubana” e nos 25 anos seguintes, dominou Cuba.
ü  Até 1940, Batista manipulou os acontecimentos por baixo dos panos, após conseguiu ser vitorioso nas eleições.
ü  Com a presidência de Mendieta, os EUA romperam a Emenda Platt.
ü  Guiteras, com o Joven Cuba, tentou derrubar o governos enumeras vezes, mas não conseguiu pois o governo contava com "ventos populistas para içar as suas velas.” (p. 166)
ü  O Partido Comunista fez um acordo com Batista, podendo atuar legalmente. Houve então uma aliança entra Batista e o Partido Comunista.
ü  Batista fez uma nova constituição em 1940 e foi a primeira a ser produzida por uma Assembléia Constituinte. A constituição tinha forte viés progressista e tornou-se ponto de referência nos anos posteriores: “Os trabalhadores ganharam o direito constitucional à jornada de trabalho de 8 horas, à semana 44 horas e a um mês de férias remuneradas, e ainda pensão, previdência social obrigatória e indenização por acidente; a liberdade de associação e o direito de voto em eleições e referendos foram concedidos a todos os adultos com mais de 20 anos; e as mulheres ganharam pela primeira vez o direito de votar.” (p. 168)

·         O ataque de Castro ao quartel de Moncada, 26 de julho de 1953
ü  Na tentativa de derrubar Batista, Fidel Castro lidera um ataque armado ao quartel de Moncada, “a ação em si mostrou-s um fracasso desastroso, pouco mais do que um golpe mal preparado, como a descreveram os comunistas; ela não representou mais interesse na tradição insurrecional do país do que as ações perpetradas nos anos 1930. [...] O ataque também tornou o nome de seu líder conhecido em toda ilha”. (p. 171)
ü  Castro foi uma figura proeminente de sua geração. Os russos foram seduzidos por Castro desde  o começo, intelectuais europeus  revolucionários africanos também. Somente os EUA, não cederam ao seu charme, tendo Castro como um eterno inimigo.
ü  “Sob Castro, Cuba tornou-se um país comunista em que o nacionalismo era mais importante do que o sociolismo [...]~” (p. 173)
ü  Com o ataque a Moncada, Castro fora preso e julgado... Diz a lenda que ele como advogado, fez sua própria defesa.  Quando publicada a sua defesa, tal virou o manifesto do movimento revolucionário de Castro. Nele, havia as “cinco leis revolucionária”, que são: “A primeira, o retorno do povo ao poder e o restabelecimento da Constituição de 1940. A segunda versava sobre o direito à terra, prometendo que todos os que possuíssem menos de 67 hectares, ou que os ocupassem, receberiam títulos de propriedade, enquanto os proprietários existentes seriam indenizados com base no valor de dez anos de arrendamento. Uma terceira lei daria aos operários de grandes empresas industrias e de mineração um direito de participação de 30% nos lucros. A quarta assegurava os plantadores de açúcar 55% dos lucras da sua produção. A quinta lei atacava a corrupção e teria confiscado os bens dos que fossem considerados culpados de fraude durante governos anteriores.” (p. 175).
ü  Castro fora solto em menos de dois anos da sua sentença, beneficiando-se de uma anistia. Castro vai para o México onde conhece Ernesto Che Guevara. “Juntos, eles derrubariam o governo Batista e organizariam uma revolução cujas ondulações se espalhariam por todo o mundo.” (. 177)

·         O desembarque do Granma e a guerra revolucionária, 1956 – 1958.
ü  O desembarque em Granma destinava-se a atear uma insurreição popular em todo o país para a derrubada de Batista.
ü   A chegada do barco à nação antilhana foi o passo inicial para a formação primeiro dum destacamento guerrilheiro, logo do Exército Rebelde e finalmente das Forças Armadas Revolucionárias. A expedição, que fora delatada horas antes de sair, foi bombardeada pela aviação, de cujo ataque só sobreviveu uma vintena de combatentes dispersos, entre eles todo o estado maior e o Che, ferido a bala no ombro. Paralelamente, em Havana se anunciava oficialmente a morte de Fidel Castro junto com a liquidação dos tripulantes, os quais, na realidade, avançavam durante a noite rumo à Sierra Maestra.(socialismo.org.br  > site ai que eu achei legal)
ü  Com a reagrupação de Castro e companhia nas montanhas, Batista recriou os voluntários dos anos 1860, formas de grupos paramilitares.
ü  Em Sierra Maestra, Castro e os sobreviventes viviam em uma guerra de guerrilha onde eles entravam em guarnições militares isoladas para obter armas e munições e logo voltaram para as alturas impenetráveis das montanhas.
ü  Em 1958, o partido comunista decidiu usar sua influência a favor de Castro
ü  “Desde os primeiros dias em Sierra, sempre que se discutia o colapso final do regime de Batista, a noção de uma greve geral revolucionária era muito privilegiada [...]. A greve não seria apenas uma paralisação de trabalho, mas envolveria uma ampla gama de atividades anti-regime, incluindo sabotagens, assassinatos seletivos e eclosões de violência generalizada, as quais  se desdobrariam numa insurreição urbana.” (p. 187)
ü  Faustino Pérez, líder do Movimento nas cidades e da ‘resistência cívica’ foi ao acampamento de Castro para discutir os problemas relacionados ao projeto da insurreição urbana, Pérez dizia que as condições para o sucesso do movimento estavam maduras, mas Castro não tinha tanta certeza.
ü  Infelizmente Castro estava certo, “os trabalhadores não estavam preparados, a polícia e o exército estavam armados e prontos. Os ativistas urbanos e do Movimento não dispunham de armas suficientes para levar a cabo os seus esquemas diversionistas. A milícia se dispersou.”  (p. 188)
ü  “Com o fracasso da greve, Batista fez outro esforço determinado para desalojar os guerrilheiros de Sierra Maestra. Cerca de 10 mil soldados foram mandandos em maior contra a base de Castro [...]. ,e operações de bombardeio foram lançadas contra as colunas de Raúl ao norte. A ofernsiva durou mais de dois meses, mas os guerrilheiros conseguiram resistir.
A vitória sobre os soldados que tentaram tomar a Sierra foi um momento decisivo da guerra, um triunfo para os guerrilheiros que compensou o fracasso da greve.”
ü  Com as mensagens revolucionárias, os guerrilheiros conseguiram o apoio de muitas pessoas. Isto ocorreu, pois havia muitos camponeses e operários desiludidos com o governo de Fulgêncio Batista e com as péssimas condições sociais (salários baixos, desemprego, falta de terras, analfabetismo, doenças). Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em várias cidades. O exército cubano estava registrando muitas baixas e o governo de Batista sentia o fortalecimento da guerrilha.” (citação de um site aew, não é do livro!)

·         A aurora da Revolução: janeiro de 1959.
ü  “O general Batista se retirou na véspera do Ano-novo, voando da base de Camp Columbia para fora do país com a família e amigos. [...] Agora era a vez de Fidel.”(p. 190)
ü  A tarefa da Revolução era reordenar a sociedade e suturar as suas feridas.
ü  Castro nomeou Manuel Urrutia presidente. José Miró Cardona primeiro-ministro. Castro agora era Comandante-em-Chefe-Militar. Raúl Castro, ministro da Defesa.
ü  Urrutia fechou bordéis, antro de jogos e a loteria nacional.
ü  “Vários ministérios  novos foram criados, dos quais o mais imediatamente popular foi o Ministério da Recuperação de Bens Malversados, instituição dirigida por Faustino Pérez, designada para lidar com as propriedades e companhias de Batista e de seus amigos exilados. Foram criados dois ministérios sociais, o Ministério do Bem-Estar Social e o Ministério da Habitação. As primeiras medidas incluíam a redução de alugueis de casas e apartamentos, em alguns casos pela metade, e um corte nas taxas hipotecárias.” (p. 196)
ü  OBS: vide página 196 e 197 -> muito importante!

·         Os negros na Revolução, 1959
ü  Antes de 59, Castro nunca fez um discurso sobre a questão racial.
ü  O Partido Comunista foi o único que aderiu os negros. Castro, como estava publicamente distante dos comunistas, não fez parte dessa conexão.
ü  O diminuto apoio dos negros se deu pelo fato de que Batista era mulato, e dessa forma, os negros se identificavam com o presidente.
ü  Alguns negros, obviamente, apoiaram Castro mesmo assim. Castro fez um discurso que ficou conhecido como “Proclamação contra a Discriminação” e fechou todas as instalações feitas somente para brancos em Cuba que depois foi aberta a todos ou desativadas.
ü  Como a Revolução não podia admitir competidores, a Sociedade d Color (velhos canais de expressão cultural e das preocupações afro-cubanas) enfraqueceu.

·         A reação dos Estados Unidos à Revolução, 1959-1960
ü  “Os Estados Unidos enviaram uma nota oficial de protesto, exatamente como a oposição cubana esperava. A reforma, afirmava a nota, teria um efeito adverso sobre a economia cubana e desestimularia o investimento privado tanto na agricultura quanto na economia.” (p.207)
ü  A reforma agrária fora o ponto crítico na relação EUA-CUBA.

·         A reação da União Soviética à Revolução, 1959-1960
ü  “Os cubanos estavam mais interessados em fazer aberturas à União Soviética do que o inverso. Eles precisavam vender açúcar. [...] Os russos fizeram um acordo inical em julho para comprar 500 toneladas de açúcar. Essa compra não era em si notável, pois eles haviam comprado uma quantia semelhante em 1955, na época de Batista.” (p. 209)
ü  Os russos estavam alertas na questão cubana. Anastas Mikoyan, vice de Kruschev, assinou um acordo açucareiro com os cubanos, compraria um milhão de toneladas de açúcar /ano. Pagariam 20% em dólares e 80% em produtos. “Eles também concederiam um crédito de 100 milhões de dólares para aquisição de instalações e equipamentos.” (p. 210).



·         “A Primeira Declaração de Havana”: a Revolução marcha diferente, 1960.
ü  A CIA planejava uma sabotagem das refinarias de açúcar em Cuba, já que essa era a principal fonte de riqueza do país.
ü  Eisenhower assinou um decreto diminuindo a cota de açúcar, em junho.
ü  Em resposta, Castro nacionalizou todas as propriedades norte-americanas importantes na ilha. (vide pagina 211)
ü  Vide a Declaração de Havana na página 212.

·         A economia da Revolução, 1959-1961
ü  Guevara estava encarregado da estratégia econômica, ele não era economista, mas um autodidata brilhante.
ü  “Guevara argumentava que a industrialização era a única base verdadeira para o socialismo. Porém, as indústrias existentes em Cuba, pequenas fábricas de garrafas, cimento, detergentes, tinta, papel, sabão, pneus e latas de estanho, em sua maioria, eram propriedades de companhias norte-americanas e fiavam-se na tecnologia daquele país. Guevara teve inicialmente a crença bastante simplista de que Cuba podia importar máquinas e tecnologia soviética por atacado. [...]
Mas a tentativa de implantar esse política rapidamente esbarrou em problemas, alguns deles de natureza cultural.” (p. 216)